quinta-feira, março 27, 2008

Direito de resposta do PNR ao Jornal Destak

Em resposta ao editorial da Isabel Stilwel que, no editorial do "Destak" de 6ª feira passada, referiu o cartaz "racista" do PNR, foi hoje publicado o direito de resposta, na página 21, da autoria do Vasco Leitão.



Senhora Isabel Stilwell, venho por este modo exercer o direito de resposta em relação ao editorial do jornal Destak do dia 15-02-2008, escrito por vossa excelência, onde acusa o cartaz colocado o ano passado no Marquês de Pombal de ser um"apelo ao racismo do PNR". O Partido Nacional Renovador não faz apelos ao racismo, bastava ter visto o cartaz para o perceber, ou ter ouvido as declarações do Procurador Geral da República sobre o assunto. O referido cartaz tinha uma mensagem anti-imigração, que é uma opção política legítima, assim como é legítima a opção pró-imigração, mas isso é muito diferente de se falar em "racismo". Só se vossa excelência pretender criminalizar, como sendo "racismo", a opinião de quem se opõe à actual política de imigração não só deste governo mas também dos anteriores.

Aliás, chamar racista a alguém que é contra a imigração é dizer que uma pessoa pró-imigração não é racista, o que é manifestamente disparatado.

Até porque os piores racistas desta sociedade são precisamente os pró-imigracionistas, que exploram a mão-de-obra barata dos imigrantes e fazem destes um objecto ao seu serviço. Mas se queria um exemplo de racismo poderia ter ido buscá-lo às páginas do seu jornal, nomeadamente ao comentário do senhor João Malheiro, que exaltou a alegada ascendência negra de Cristiano Ronaldo com um texto intitulado "black power". Não considera racismo? Imagine-se um qualquer comentador fazer algo parecido mas exaltando o "white power"...

Resumindo, aquele tipo de comentários publicados no seu jornal podem ser considerados racistas, ser contra a imigração não.

De resto, tem toda a razão quando exalta o humor como forma de fazer política. É precisamente por isso que continuo a ler os seus textos, por ser um apreciador quase incondicional do humor.Neste caso "daquele rasca", o tal que criticou, mas de qualquer forma é humor porque sempre dá para rir um bocadinho.





Empresas candidatas ao selo da precariedade


Gandhi e o Luther King que me desculpem mas a forma mais eficaz de mudar a sociedade, e os seus comportamentos, é através do humor.
Do humor inteligente e subtil, não daquele rasca, das anedotas brejeiras ou que humilha e ridiculariza. Os Gatos Fedorentos fizeram mais contra a xenofobia com o cartaz colocado o ano passado no Marquês de Pombal, ao lado do apelo ao racismo do PNR, do que mil discursos de ministros ou presidentes de associações. (...)

(editorial de 15 de Fevereiro)